Tanto se ouve e tanto se ve sobre o glamour da antiga Hollywood, né?
O brilho, os vestidos, os cabelos e, é claro, os filmes com belíssimas musas, como Greta Garbo, e grandes galãs como Boegart. Ah, os anos de 1940… parecem uma maravilha, né?
Ryan Murphy (sim, o produtor mais conhecido por Glee), trouxe pra gente através do NETFLIX uma nova visão sobre o sucesso, a luta de todos os dias para ganhar fama, dinheiro, ou apenas uma oportunidade na indústria do cinema.
Quem faz Hollywood?
Aqui estão nossos cinco principais personagens, cada um lutando para conseguir seu tão sonhado lugar ao sol, ou aos holofotes neste caso. Vou apresentar cada um aqui, mas não necessariamente na ordem em que nos são apresentados na trama, ok?
Primeiro temos Archie Coleman (Jeremy Pope): um escritor esperançoso, querendo que seu texto chegue a ser produzido para a grande tela. Ele escolheu contar uma história real, de uma aspirante a atriz que pulou de cima do grande letreiro de Holywood.
Em segundo, encontramos Claire Woods (Samara Weaving): filha do dono da grande produtora, essa aspirante a atriz faz de tudo para conseguir sucesso em seus próprios termos, saindo da sombra de sua família.
Jack Castello (David Corenswet), é o nosso veterano de guerra e aspirante a galã cinematográfico, que tem uma família para cuidar. Mas que está disposto a cometer loucuras para realiza seu sonho.
Temos, então, Camille Washington (Laura Harrier). Seu sonho é ser uma atriz. Mas não qualquer atriz! Quer alcançar patamares que até então não eram permitidos para mulheres como ela.
E, finalmente, Raymond Ainsley (Darren Criss). Ray quer ser um diretor em um grande estúdio. Mas, não qualquer filme, mas m filme que importasse e, por que não, fizesse história.
Com um elenco estrelado e IN-CRÍ-VEL, achei muito interessante que, além de contar um pouco mais como era a indústria do entretenimento era lá no pós guerra, trata de assuntos tão atuais.
Por que ver Hollywood?
Assuntos muito importantes são tratados em cada uma das histórias individuais dos personagens, mas também histórias de lutas do coletivo social.
Como Hollywood se passa em um período de pós guerra, o que todos buscam é oportunidade de trabalho. Ao mesmo tempo que tentam realizar seus sonhos, já que agora o sentimento geral é de esperança, já que o clima é de otimismo.
E é nessa vontade de ser apenas quem são que os personagens de Hollywood enfrentam os maiores dilemas e preconceitos, tendo que estarem inseridos em uma sociedade e, principalmente, em uma indústria que não lhes dão iguais oportunidades.
Aqui, Murphy traz um retrato sobre diferentes perspectivas de cada um dos personagens sobre a indústria do cinema, e a sociedade americana dos anos 40. Assim, cada um deles traz sua visão sobre racismo, assédio, homofobia, e a luta das mulheres para serem reconhecidas por seu trabalho e ocuparem lugares de poder (seja na frente das câmeras, ou atrás delas).
Ah! E acho que já mencionei que o elenco está simplesmente IN-CRÍ-VEL, né?!
E daí?
Uma das maiores sacadas de Ryan Murphy ao trazer Hollywood para a Netflix foi exatamente trazer essas discussões muitas vezes não da forma mais leve. É possível ver o obscuro, o errado, o que muitas vezes pode parecer vergonhoso para alguns.
Em alguns momentos, a tentativa da produção de trazer leveza para Hollywood, pode parecer uma tentativa de escapar das discussões muito reais que estão acontecendo diante de nós. Mas achei uma forma de tentar trazer ao espectador um sentimento de esperança.
Apesar de trazer alguns personagens reais para a história (olha essa matéria do Omelete sobre isso), Hollywood é uma história de esperança de que talvez, um dia, possamos mudar o mundo um pouquinho de cada vez.
Dessa vez mudei um pouquinho a forma de contar a história, e acho que gostei, hein! E vocês?
Até a próxima!
Carol